O que o faz visitar um site e não outro?

Como mudaram os tempos…

Já pensou na quantidade de coisas que mudaram desde que as “novas” tecnologias entraram na sua vida? Ainda se lembra dos tempos em que a internet era utilizada em casa, num ecrã côncavo, de baixa resolução, com uma internet através do modem, que fazia um barulho estranho? Esse barulho nem dá para exemplificar, só ouvindo, mesmo… Na realidade… Alguns dos leitores nem sabem do que eu estou a falar! Pois já nasceram num mundo digital. Não sabem que barulho é esse! Mas voltemos ao que interessa… Nesses tempos, eu recordo-me de como via a internet como um mundo maravilhoso e inexplorado. Cheio de surpresas, cada novo site que eu visitava, eu observava com alguma atenção, perdia tempo a perceber como interagir, dava o benefício da dúvida, desculpava erros, incongruências, lentidão… Recorda-se? Lembra-se dos tempos da net lenta, em que provavelmente tinha bem mais paciência e tolerância que hoje?

Nesses tempos, as pessoas dedicavam a maior parte do seu tempo na internet a interagir ou a pesquisar. Ainda hoje, a maioria do tempo que as pessoas passam na net é a interagir, numa qualquer rede social, e a pesquisar. Isso não mudou assim tanto. Mas as pessoas mudaram. Hoje, tudo é feito de forma mais rápida. Nas interações, por exemplo… Hoje as pessoas passam bastante mais tempo online, por isso estão mais à vontade, expõem-se mais, “perderam o filtro”. Um exemplo disso é o discurso de ódio, o excesso de política e de religião a que se assiste no facebook. Como as pessoas se sentem à vontade, perderam o receio de falar, de emitir opiniões, indo até mais longe do que fariam pessoalmente! Além disso, por vezes escrevem coisas de forma inconsequente. Sem pensar. Eu já escrevi coisas sem pensar! Talvez que consigo já se tenha passado o mesmo!

No que diz respeito à vertente da pesquisa, hoje as pessoas querem mais informação, querem respostas mais rápidas, são mais impacientes. Hoje, eu quando procuro algo, tenho necessidade de obter uma resposta que me satisfaça, na hora. Já não dou esse benefício da dúvida, não fico no site à procura da informação, tranquilamente. Hoje, que tudo está mais rápido, também não queremos perder tempo a perceber como encontrar o que procuramos. Há mais sites: se um não me entrega o que quero, fecho o separador, abro outro. Simples!

Porquê este website e não o outro?

Porque fico neste website, e não naquele? Normalmente é a qualidade da informação, dos conteúdos que um site me entrega. Nem mais nem menos. Você não permanece nem um segundo a mais num site que não lhe agrada, que seja inútil, certo? Então, é exactamente da mesma forma que os outros reagem para com o que o seu site ou a sua empresa oferece. Já tinha pensado nisto? Coloque-se no lugar do outro. Você tem informação que cative os seus visitantes? Tem informação específica, que responde a problemas, a dúvidas ou a dores concretas? Ou disponibiliza apenas informação genérica, que as pessoas podem receber na própria página dos resultados de pesquisa do google? Seja sincero a responder!

O que o motiva a visitar um site?

Porque visita um qualquer site? E o que faz você quando não encontra o que realmente procura? Deixe-me adivinhar… Das duas umas: opção a) clica em “voltar”; opção b) fecha o separador/ tabulador onde abriu essa página. Porque… há dezenas de outros sites que me vão responder ao que eu quero, se um site que eu acabei de visitar não o fez.

Todos nós temos perfis de utilizador um pouco diferentes. O que você procura quando vai à internet, provavelmente é diferente daquilo que eu procuro. O que importa porém é perceber o que procuram os visitantes típicos de um determinado site. Cada site tem vários públicos, dirige-se a vários tipos de pessoas. Por exemplo, considere um site de uma loja de pavimentos. Temos, numa primeira análise, pelo menos quatro tipos de público:

  1. Os clientes potenciais, que são pessoas como você e eu que pretendemos trocar o pavimento da sala ou dos quartos;
  2. Os profissionais que aplicam pavimentos nas casas dos clientes;
  3. Os arquitectos que pretendem conhecer as várias ofertas de pavimentos existentes no mercado;
  4. Os construtores de casas, que procuram saber quais os pavimentos mais vantajosos para aplicar.

Aquilo que parece “simples”, à primeira vista, como seja um site de pavimentos flutuantes, deverá ser capaz de interessar simultaneamente a quatro tipos de públicos. Deve ser capaz de responder ás expectativas de pessoas totalmente diferentes. Quando o seu site oferece uma informação genérica, meramente informativa, já pensou que pode estar a deixar de chegar a uma parte importante do seu público-alvo? Neste caso concreto, do pavimento flutuante, eu enquanto cliente, estou interessado em ver cor, qualidade do material, conforto térmico e acústico. Já o instalador pretende saber quais as dimensões da peça, tipo de encaixe, espessura, que tipo de suporte pode instalar. O arquitecto pretende ver o efeito das peças instaladas, se podem formar padrões, quais as variações de cor. O empreiteiro pretende ainda saber qual o peso sobre a estrutura, tamanho da embalagem, tempo de entrega… Já pensou quanta informação precisa cada um dos seus clientes?

Você dá o que pede aos outros?

Em tudo na vida há retribuição. Há dar e receber. Se espera que alguém o procure, que tem você para dar em troca? Não falo apenas do serviço que você tem para prestar ou do produto que tem para vender. A verdade é que, antes de receber, você deve dar algo. Além do produto ou do serviço que quer vender. Pense comigo… Quando uma empresa ou entidade me oferece uma informação relevante, útil, bem estruturada, de forma transparente, e outra empresa me dificulta a vida, qual vou escolher, para adquirir um produto? A que me considerou e foi honesta? Ou vou ser masoquista, e vou preferir a empresa que me sonegou informação, que não foi franca e honesta comigo? Você sabe a resposta… Agora, pense lá… A sua empresa presta que tipo de serviço? É transparente? Entrega informação clara, acessível? Ou esconde tudo? Se não tem a certeza da resposta, é altura de pedir a pessoas externas à empresa e que não sejam parte interessada, que analisem o seu site por si.

Ou então, pergunte-me a mim!

Pode acontecer consigo, quando quiser analisar o seu próprio site, cometer o erro de cair num viés de confirmação, em que as suas conclusões vão ser tendenciosas: você vai concluir aquilo que quer concluir, e não terá um julgamento sincero dos factos. Para isso, existe uma ferramenta muito útil que é a análise de usabilidade e de relevância de sites. Ao contrário dos “achismos”, o relatório de usabilidade vai permitir saber de forma muito concreta quais são as qualidades e falhas do seu site. Nós fomos mais longe, ao criar relatórios de relevância: colocamos questões concretas aos visitantes típicos de sites como o seu. Então, incluímos o seu site nessa análise. Assim, podemos perceber com clareza quais as falhas, quais os pontos a melhorar, quais as questões a responder às quais o seu site ainda não dá a melhor resposta. Colocando o seu site em comparação com outros, sem que as pessoas que vão analisar os sites saibam qual o seu site, permite-nos obter uma análise totalmente imparcial.

Está interessado em saber mais? Envie um email, para saul@tupodes.pt. Ou entre em contacto comigo por telefone, para o 965 372 557. Poderei começar por lhe oferecer uma primeira sessão de consultoria gratuita, sem compromisso, sobre como determinar quais os seus públicos-alvo e como chegar a eles.

Partilhar:

Deixe um comentário